VERSOS SEM FIM

O texto em pauta se coloca como estrada, na busca pela poesia que possa estar presente em tantos lugares distintos, também tantos outros lugares sem nome. Não longe dali as palavras que estão habitando as esquinas, muros, bares, escolas, casas, terrenos baldios, amores e corpos. Corpos na travessia por vetores difusos; mas, também o atravessamento por uma rua cujo espaço se dispõe em algum instante de recreio; a busca do lúdico num universo brutal. Sem pretender uma forma rígida de narrativa e semântica correspondente, os poemas também se perfazem nos silêncios e polifonias, aliterações constantes, ritmos imperfeitos, velocidades cadentes e violentas, páginas outrora com poucas letras escritas e muitas perguntas; motivação em tensionar o papel e deixar correrem soltos esses versos sem fim.

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