Numa dessas segundas saí sem camisa no meio da chuva. De peito aberto, menino sem medo, moleque sem rumo. Enquanto os raios caíam a poucos metros do meu antebraço, resolvi sentar num meio fio e desafiar Deus. Ao invés de olhar para o céu, fechei os olhos e lhe perguntei se era mais difícil ser
Queria sustentar o peso da palavra – não deu, não dá. Melhor mesmo foi convidá-la para caminhar lado a lado. Atravessei a rua com um farol verde, não entendo de esperanças; prefiro a insistência. No plano traçado entre a máquina de fazer sonhos e o prelúdio da vida ouvi uma criança chorando de rir. Caminhei
Era uma terça-feira de inverno a primeira vez que ouvi “Losing my religion”: aquilo foi um caminhão desenfreado passando por cima do meu peito – desobediência à primeira vista, o amor veio em seguida. Um movimento rápido dos olhos e eu já não estava mais no mesmo lugar. Nem eu, nem meus colegas parafinados. A