50 poemas para esquecer o ontem (e-book)

Nesse quarto e-book o autor retoma à poesia como forma ulterior de contato; ou por melhor dizer: tato com. Sugerida (compulsivamente) a proibição dos toques, dos apertos de mãos, das lambidas, das chupadas, dos beijos, das transas… restou olhar para a tela (esse papel de vidro) e não perder o poema de vista – o poema é o riacho com água benta no meio do deserto. Mas, não é por esse motivo que se propõe uma cura; não acredita Paulo ser esse o papel da arte – ele sempre opta pelos nutrientes e pela costura. “Arte alimenta e produz vestes para conseguinte desnudar e desnutrir estereótipos”. Com sede de palavras, com fome de gente, mas ao mesmo tempo com medo – teme-se e se treme. Na urgência de renegociar a vida, o texto conversa com o vizinho, o encarcerado, a reunião na cozinha, a varanda, o íntimo, a solidão, a over veiculação, o tédio, a paralisia, a tentativa da fé, a quase crença e o bem querer. Cinquenta poemas (abusando da fragmentação nas prosas poéticas) molduram o eu lírico na projeção de esquecimentos. Revisando textos anteriores, reciclando versos e construindo outras linhas de quarentena, o livro agora é daquele que não vê a hora de sair na rua e beijar na boca da primeira pessoa que por ele se aproximar. E que assim o faça sem máscaras; sem máscara alguma.

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